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ANÁLISE: THE WALKING DEAD S08E08

CHOCANTE! Essa palavra resume o episódio oito desta 8ª temporada de The Walking Dead. Chocante não somente para Rick, Michonne, Maggie e aliados, mas também para todos os fãs que acompanharam o capitulo que foi ao ar no último domingo (10).


Seguindo os fatos que vimos no episódio sete, Time for After, a mid-season de TWD já iniciou mostrando como seria o clima de perdas para Rick e companhia. O grupo do lixão, que só havia concordando em aliar-se a Rick após muita insistência e a garantia de que Negan estava praticamente rendido, meteu o pé logo após ver que as coisas não estavam como o prometido. Certamente eu e você faríamos o mesmo na pele da Jadis. A atitude dela foi só o início da péssima tarde/noite que esperava o Sr. Grimes. 

Nos momentos seguintes temos um importante flashback entre Rick e Carl, no qual Carlinhos questiona o pai sobre suas futuras atitudes e pergunta qual o objetivo daquela guerra se não reerguer uma sociedade onde as pessoas possam viver em paz. Foi provavelmente a partir desse diálogo que surgiu no Rick toda aquela reflexão do “não é preciso matar todo mundo” que vimos durante parte dessa temporada.

Quando voltou ao presente, TWD se encarregou de literalmente explodir tudo. Negan, sádico e bem-humorado como sempre, entrou em cena surpreendendo e prometendo matar Rick e todos aqueles de Alexandria que não o descem uma boa desculpa por tê-lo atacado. No Reino, Gavin e outros salvadores invadiram os muros da comunidade em busca do rei Ezequiel. Já Maggie, Jesus e o pessoal de Hilltop, foram emboscados na estrada por Simon e outros capangas. Todo o trabalho que havia sido feito pelas três comunidades durante os sete episódios anteriores havia ido por água abaixo. 

ATAQUE AO REINO

Em How It's Gotta Be o reino só não foi destruído completamente porque os salvadores possuem planos de se alojarem no local enquanto o santuário é reformado. Gavin explicou ao povo a situação atual da guerra e os informou que seriam escravizados, mas que apenas Ezequiel precisava morrer. O rei, que estava acabado emocionalmente desde a perda de todos os seus soldados no S08E04, surpreendeu os salvadores e realizou uma atitude nobre após alguns episódios de muita sofrência.

Ezequiel distraiu alguns salvadores e atacou Gavin com um ônibus para garantir a fuga de seu povo. Em seguida o rei se entregou para que seus “súditos” pudessem sair da mira das armas tranquilamente. A cena foi bonita e mostrou como o rei sempre teve como objetivo proteger ao povo que sempre confiou piamente nele. Ezequiel está sentindo na pele o quão complicada uma guerra é. Agora, se ele será realmente morto por Negan ou salvo por Carol e Morgan – que estão aos redores do reino – só saberemos após a volta do hiatus.

ATAQUE A HILLTOP

A estratégia que os salvadores utilizaram para emboscar o pessoal da colônia Hilltop foi a mesma que utilizaram para encurralar a caravana de Rick na season finale da 6ª temporada. A diferença é que daquela vez tínhamos uma Maggie doente e consequentemente fraca, mas agora temos uma mulher que se mostra forte mesmo na adversidade.



Mesmo perdendo um dos seus aliados para a brutalidade do Simon, Maggie se mostrou firme e concordou com os termos dos salvadores para assim conseguir ganhar tempo para pensar e montar uma nova resistência aos vilões. Se antes a desconfiança pairava sobre a atitude de prender dentro de Hilltop os salvadores capturados por Jesus, agora essa estratégia se mostra como uma trama que pode render coisas interessantes para a série futuramente, pois utilizar a vida dos 38 prisioneiros que restam como uma moeda de troca pode ser uma boa alternativa para o momento de baixa que as comunidades aliadas estão enfrentando. 

A líder de Hilltop se mostra cada vez mais sábia. Vê-la se portando de maneira firme na frente do povo que enxerga nela esperança, mas caindo em um choro de desespero enquanto se afasta deles, só mostra como a nossa fazendeira aprendeu que não se deve demonstrar fraqueza nem na frente dos aliados nem na dos inimigos. Após os eventos dessa mid-season podemos esperar uma Maggie cada vez mais badass nos próximos episódios.

ALEXANDRIA

Diferente do que fizeram com o Reino e com Hilltop, Negan e seus salvadores vieram destinados a explodir totalmente Alexandria. Com a ausência de Rick, Carl rapidamente desenvolveu um plano após a chegada do Negan ao local. A confiante atitude de liderança do menino só mostrou como ele cresceu e aprendeu a sobreviver naquele mundo perverso. Parte do plano contava com a sua própria ida até o muro para dialogar com o vilão enquanto os demais fugiam para a tubulação de esgoto da comunidade.

Somando o diálogo com o Negan a uma cena anterior na qual ele aparece escrevendo uma carta com tom de despedida para o pai, começamos a perceber que havia algo errado com o garoto que sempre foi apresentado como o futuro da série. A conversa sobre se entregar e morrer pelos demais assustou até mesmo Negan, que mesmo sendo impiedoso demonstrou desde a temporada passada um carinho especial pelo menino.

O capítulo se desenrolou e o ataque a Alexandria aconteceu. Rick, que antes estava no santuário, chegou e foi surpreendido por Negan, nos presenteado com uma cena de luta muito foda. Sério mesmo, achei a cena tão bem coreografada que eu fiquei com aquela cara de “eita bexiga. Mata ele Rick!”. Mas como era esperado nada além da pancadaria aconteceu e Rick conseguiu escapar e encontrar uma Michonne completamente arrasada ao ver seu antigo lar destruído. A queda de Alexandria se tornou ainda mais devastadora pelo fato daqueles personagens acreditarem estar à beira de uma vitória que os traria paz. Mas, para tristeza de todo mundo, algo pior que a destruição do local ainda estava por vir.

CARL – CARLINHOS

Como falei anteriormente, o pessoal mais atento percebeu logo de cara que algo estava errado com o filho do Rick. Ele escrever aquela carta em tom de despedida para o pai e logo em seguida falar ao Negan “não quero morrer. Mas morrerei!”, indicava que algo não estava certo com ele. Porém, sinceramente eu não acreditava que os roteiristas teriam coragem para fazer o que fizeram.

Ao conseguirem se reunir com os demais sobreviventes de Alexandria na tubulação de esgoto, Rick e Michonne viram um Carl fraco, apático e suado, e logo em seguida todos descobrimos que o menino havia sido ferido por um walker. O semblante de incredulidade do casal ao ver o garoto sentenciado a morte foi sem dúvida uma das cenas mais emocionantes de toda a série.

Quem não entendeu em que momento o Carl foi mordido deve voltar ao episódio 6, mais precisamente até a cena em que ele decidiu ajudar ao Siddiq a matar o grupo de zumbis que se aproximava. Provavelmente foi ali que tudo aconteceu. Isso explica o porquê de ele escrever a carta de despedida e de se oferecer para morrer em nome do grupo. Carl já sabia que iria morrer de uma forma ou de outra, mas tentou ao máximo fazer com sua morte pudesse salvar o maior número de pessoas possível.

O personagem do Chandler Riggs não era apenas o mais importante para o arco que sucede este da guerra – ao menos nas HQ’s. Ele era na série, ao lado da irmã, a principal esperança de futuro para a trama, o principal sucessor do pai na liderança do grupo de sobreviventes, assim como era desde o início do apocalipse o principal motivo para o Rick continuar a tentar a sobreviver neste mundo cruel. Logo, matar o Carl pode ter sido um tiro no pé do seriado caso os roteiristas não tenham algo muito, mais muito grandioso mesmo em mente para manter a série viva. 

O VEREDITO

The Walking Dead entregou uma mid-season explosiva, emocionante e certamente memorável. O episódio funcionou bem e deu sentido a alguns pontos que haviam sido iniciados em episódios anteriores. O capitulo foi bom ao ponto de não dar para falar detalhadamente de tudo, como por exemplo a volta das meninas de Oceanside, que agora podem enfim se juntar aos demais na guerra, e a boa ação do Eugene, que decidiu voltar atrás e ajudar o padre a levar o Dr. Carson para Hilltop. Os pontos que me fizeram ficar puto foram a escuridão do episódio e a morte do Carl. Mesmo a cena da revelação da mordida tendo sido emocionante, ainda acho que se era para mata-lo, o matasse de uma maneira mais memorável e grandiosa. O menino sempre foi importante e não merecia uma morte tão simples. Agora só nos resta esperar até outubro e permanecer na torcida por ótimos oito episódios.

The Walking Dead retorna no dia 25 de Fevereiro de 2018 com os oito episódios restantes.

2 comentários:

  1. Análise boa, começou um pouco tímida, fazendo apenas uma descrição, mas depois tiveram umas tiradas que os fãs de TWD e de analises/resenha/critica gostam.

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