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Análise: The Walking Dead S08E05

AS DIVERSAS CAMADAS DO NEGAN

O quinto episódio da 8ª temporada de The Walking Dead trouxe de volta Negan e Gabriel, os dois não eram vistos desde a season premiere deste oitavo ano. 

Com a mesma estratégia de variação entre linhas temporais utilizada anteriormente, TWD iniciou The Big Scary U (S08E05) mostrando acontecimentos do passado que não foram ao ar antes. Para ser mais preciso, voltamos aos minutos que antecederam a chegada de Rick e seu grupo a base dos salvadores. Com essa montagem de mostrar o mesmo momento por outro ponto e vista, vimos a dimensão do debate político e social que move as reuniões de Negan e seus generais, o comportamento dos subordinados diante do seu chefe e a ideologia que move o líder dos salvadores. 

Negan aqui é bem mais desenvolvido do que já foi anteriormente. Se antes acreditávamos que ele era apenas mais um vilão genérico que pretendia dominar o mundo, aqui somos enfim apresentados a um homem humanizado, a um cara que pretende reconstruir a sociedade e, principalmente, a um líder que não se enxerga como uma pessoa ruim e que tem o respeito do povo que prometeu proteger. 

Assim como o Rick, o dono da Lucille é exposto como um homem movido por um desejo nobre de reerguer o mundo e salvar as pessoas que, segundo ele, merecem ser salvas. Mesmo as submetendo a um regime ditatorial, Negan acredita estar tomando atitudes certas e necessárias para tornar essas pessoas fortes o suficiente para sobreviverem em um mundo como aquele, e, por isso, tem a confiança e obediência de seus comandados. 

Com seu jeito sádico de se comportar é quase impossível acreditar que antes do apocalipse ele era um educador infantil. Sim, ele era. Ao menos é o que os roteiristas deixaram a entender nos diálogos entre o antagonista e o padre Gabriel. Aliás, Gabriel mais uma vez mostrou como possui o dom da persuasão. Mesmo preso com o inimigo em um casebre cercado por walkers e sem armas, o padre conseguiu dobrar o líder do santuário após oferecer o perdão de seus pecados caso ele confessasse e se arrependesse de seus erros.

Foi nesse papo de absolvição que ficamos sabendo o ponto fraco do vilão... a culpa de ter traído sua esposa enquanto ela estava doente e o arrependimento de não ter tido coragem de a matar após a transformação. Vemos então um cara como ele chorar por desgosto de suas atitudes do passado. Foi aí que tivemos a confirmação de que ele é tão humano quanto os demais, e que assim como os outros, foi apenas moldado pelos brutais acontecimentos do apocalipse. 

Durante o episódio vimos também como a ausência de Negan é prejudicial a todos os salvadores. A crença em sua morte deixou os demais personagens perdidos e um caos total tomou conta do santuário, principalmente após a energia cair e a água se tornar escassa. O sumiço do Negan deixa o local a vésperas de uma guerra civil. Com a sua volta, presenciamos o tratamento messiânico que os trabalhadores o dirigem, a ponto de ouvirmos a exclamação “Graças a Deus por sua vida, Negan” da boca de uma das moradoras do local.

Neste S08E05, tivemos ainda o nascer da desconfiança na existência de um traidor dentro do grupo dos salvadores, traidor esse que o Eugene já descobriu ser o Dwight. Em The Big Scary U, também assistimos o desenrolar do embate de ideologia entre os dois melhores amigos da série. O ódio que move Daryl e a reflexão sobre os acontecimentos que atormentam Rick, os fizeram trocar socos enquanto decidiam o que fazer com as dinamites capturadas. No fim dessa história os dois acabaram apenas abalando a relação de irmão que possuíam, pois todo o armamento conquistado foi perdido durante a explosão do carro.

O episódio chegou ao fim deixando dois mistérios no ar: O que estaria acontecendo com o padre Gabriel, que foi encontrado por Eugene passando muito mal, e se o helicóptero visto por Rick enquanto se dirigia ao lixão era real ou apenas mais uma alucinação do protagonista. 

O que você achou do episódio? O que você acredita que aconteceu com o Gabriel? E o helicóptero, real ou ilusão? Deixe nos comentários.

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