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La casa de papel | O que achei?

La casa de papel é uma produção da emissora de televisão espanhola Antena 3 que foi distribuída mundialmente pela Netflix no início de 2018. A série criada por Aléx Pina tem originalmente 1 temporada de 15 episódios, porém foi remontada pelo serviço streaming para distribuição mundial. 
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Começo esse texto fazendo a mesma pergunta que me fiz logo após terminar a série: será pecado torcer com tanta vontade para os ladrões se darem bem? Se for pecado eu pequei e muito. Se você ainda não assistiu e tem receio em apoiar o “lado negro da força” então é melhor nem dar o play no piloto, fontes afirmam que esse fato pode causar confusão mental em pessoas como você, pois, nesta série, é praticamente impossível não torcer pelos bandidos.

Ainda não conhece a série? Confira a sinopse e o trailer oficialO texto a seguir contém spoiler!

Foi inevitável não curtir La casa papel. Os motivos para isso foram vários e vão desde o rápido desenrolar das situações até ao ótimo desenvolvimento dos personagens principais. Ver que Berlim, Tóquio, Nairóbi, Rio, Denver, Moscou, Helsinki, Oslo e o Professor, são indivíduos que vão muito além do conceito de “pessoas ruins” fizeram com que eu me apegasse ainda mais a eles. O passado de cada um, as motivações individuais e o conflito “interesses pessoais vs interesses do grupo”, foram ferramentas fundamentais para me cativar e tornar a história cada vez mais crível.

Tirando o Oslo (Roberto García), todos os ladrões são interessantes, sendo Berlim (Pedro Alonso), Nairóbi (Alba Flores), Denver (Jaime Lorente) e Tóquio (Úrsula Corberó) os meus preferidos. Berlim com aquela maneira complexa de ser um líder confiante, sarcástico e apavorante ao mesmo tempo, fez-me revezar entre ama-lo e odiá-lo diversas vezes. Confesso que ele é controverso, porém não pude deixar de curti-lo. Nairóbi é o tipo de pessoa que não dá para deixar de gostar, até mesmo os reféns reconhecem que essa mulher é um mulherão – o velhinho responsável por imprimir as notas que o diga. Denver  só entrou nesta lista por causa de sua relação amorosa com Mónica (Esther Acebo), inclusive a Mónica também merece uma menção honrosa aqui, principalmente pelo que acontecerá na 2ª temporada (quem já viu entende o porquê). Já Tóquio, assim como o Berlim, me conquistou por ser complexa, imprevisível e por ter um pavio mais que curto. 

O cérebro desse assalto incrível não podia ficar de fora do panteão de melhores personagens. O Professor (Álvaro Morte) criou praticamente o plano perfeito, pensando em todas as variáveis de erros dos companheiros e todas as investidas dos policiais, e ainda conseguiu se manter oculto da justiça por muito tempo. Álvaro Morte deu vida a um gênio! Um gênio que mesmo sendo o cabeça de um grande crime não mostrou ser em momento algum um homem mau ou com intenções ruins, até porque, teoricamente, eles não estavam ali para roubar o dinheiro de ninguém, mas sim para produzirem seus próprios milhões de euros. 


A cabeça da operação policial, a inspetora Raquel Murillo (Itziar Ituño), é outra personagem forte. Aliás, La casa de papel é uma série cheia de mulheres que exercem seu protagonismo com maestria. A relação entre Raquel e o Professor foi a faca de dois gumes que feriu tanto ela quanto ele. Ele pensava ter tudo sobre controle, mas não esperava se apaixonar verdadeiramente pela mulher que queria prendê-lo. Já ela não imaginava que buscava repouso nos braços do homem responsável por toda sua dor de cabeça. A relação deles dois é, talvez, o grande ponto dessa série que vai bem além de tiros, porrada e bombas.



Não costumo falar sobre cores, fotografia ou direção, mas em La casa de papel o bom trabalho realizado fica claro até para quem, assim como eu, não entende tanto da parte técnica. Os tons de vermelho e branco sempre presentes funcionam como uma identidade da série. Os cuidados com as cenas de ação também são claros, principalmente por não nos deixarem zonzos com cortes de câmera excessivos. A sacada dos roteiristas de irem nos revelando o nome real dos ladrões conforme a polícia ia descobrindo, e o fato de só termos conhecimento do plano conforme ele ia acontecendo, foram estratégias muito boas que sem dúvida contribuíram para aumentar a tensão e a ânsia pelo próximo episódio.

Enfim, fiquei muito empolgado com La casa de papel e acredito que você também. Caso ainda não tenha visto a segunda temporada que só chega a Netflix em abril, mas que já rola solta aí na internet, se prepare, pois os próximos episódios são tão bons quanto os primeiros. Prepare-se para o matriarcado e para o resultado final desse assalto milionário.

Obs¹: Se você não torceu por Rio e Tóquio, Raquel e o Professor, não teve abuso do Arturo e não cantou Bella ciao, por favor reassista a série.

2 comentários:

  1. Não assisti. Mas deu moooita vontade de assistir, isso signidica que vc está escrevendo muito bem, Mycleison 👏👏👏

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