Análise: The Walking Dead S08E02
THE DAMNED - EPISÓDIO AGRADA MAS AVANÇA POUCO A "GUERRA TOTAL"
No último domingo foi ao ar o segundo episódio do oitavo ano de The Walking Dead. The Damned (Os condenados), trouxe para as telas a continuação do plano de Rick contra Negan e suas bases aliadas. Variando as cenas entre quatro núcleos diferentes, o capítulo foi frenético e muito bom de assistir, todavia se analisado de modo mais técnico não avançou muito a história da “All Out War – Guerra Total”.
A sequência inicial trouxe os alexandrinos pegando de surpresa um grupo de salvadores que se preparavam para a guerra. O plano, que neste núcleo foi liderado pelo Aaron, consistiu em encurralar e matar o maior número de inimigos possíveis. Um dos pontos mais interessante no ataque foi a estratégia de não avançarem sobre os salvadores, mas sim encurrala-los para que os que fossem mortos, ao voltarem como walkers, atacassem os vivos. Um puta plano que só foi percebido pelos aliados de Negan (e por muitos fãs) na metade do episódio.
Assim como na season premiere desta temporada, a quantidade de tiros disparados no confronto incomodou muita gente. Relembro que não considerei os tiros efetuados contra as janelas do santuário um desperdício, inclusive explico o porquê na análise passada. Mas no desta semana concordo com quem criticou. Inclusive, a quantidade de disparos realizados sem objetividade me fez lembrar o incômodo confronto da season finale passada, na qual praticamente ninguém morreu mesmo com a excessiva quantidade de tiros disparados. A preocupação que até meados da sexta temporada se tinha com a quantidade de munição disponível parece ter sido esquecida pelos roteiristas da série.
Em outro ambiente, mesmo sem a liderança da Maggie, o pessoal da colônia Hilltop desempenhou um papel importante no enredo de The Damned. O ataque comandado por Jesus, Tara e Morgan, a um dos postos avançados de Negan proporcionou boas cenas a trama, entre elas está o foco na tremedeira de um dos habitantes de Hilltop no momento da invasão, reforçando que ali, por trás daquelas armas, estão muitos homens e mulheres que antes nunca haviam feito um disparo sequer. Outro ponto interessante neste núcleo foi o aprofundamento na bagunça que se encontra a cabeça do Morgan. Essa humanização dos personagens é um dos pontos fortes de The Walking Dead. Isso é o que eles fazem de melhor desde a primeira temporada.
Porém, nem tudo foi tão interessante na ação do grupo de Hilltop. A atitude do Jesus em deixar vivo aquele salvador que o atacou foi muito forçada. Tudo bem expor que ele ainda acredita na humanidade, mas a misericórdia dele ao grupo que se rendeu já era suficiente para mostrar isso. Deixar viva uma pessoa que o ataca não é misericórdia, é burrice.
Nesse episódio achei que a equipe do reino foi mal aproveitada. Passar 40 minutos atrás de um único inimigo só mostrou o quão pouco o episódio avançou na linha temporal da guerra. Mesmo assim tivemos como consolo a ótima cena do ataque da Shiva ao salvador fujão – aaahh, quando essa tigresa aparece eu fico muito eufórico rsrs. Menção honrosa também para a cara da Carol após os confusos discursos do rei Ezequiel. Espero profundamente que no próximo episódio o pessoal do reino tenha uma trama mais significativa.
Acredito que o ponto alto do episódio ficou mesmo para os protagonistas. Rick e Daryl invadiram, em busca de armas, o prédio protegido pelo grupo de salvadores atacado pela equipe de Alexandria. A cena da invasão teve uma direção e uma fotografia bem massa. Seguindo o mapa desenhado pelo Dwight, os dois se separaram. Daryl não encontrou ninguém no caminho, mesmo assim teve a bacana cena em que encontrou uma algema presa a uma tubulação, uma pura referência ao seu irmão Merle que cortou a própria mão após ser preso por Rick na primeira temporada.
Por outro lado, Rick mais uma vez viu que o mundo está o modificando de uma forma que ele nunca pensou. Abalado após perceber que o salvador que matou estava tentando proteger a filha recém-nascida e não o arsenal de armas, o policial entregou a cena mais emocionante do episódio. Olhando a bebê e a própria imagem no espelho, o nosso protagonista fez uma cara de quem se pergunta “o que eu me tornei?”. Foi forte!
A sequência inicial trouxe os alexandrinos pegando de surpresa um grupo de salvadores que se preparavam para a guerra. O plano, que neste núcleo foi liderado pelo Aaron, consistiu em encurralar e matar o maior número de inimigos possíveis. Um dos pontos mais interessante no ataque foi a estratégia de não avançarem sobre os salvadores, mas sim encurrala-los para que os que fossem mortos, ao voltarem como walkers, atacassem os vivos. Um puta plano que só foi percebido pelos aliados de Negan (e por muitos fãs) na metade do episódio.
Assim como na season premiere desta temporada, a quantidade de tiros disparados no confronto incomodou muita gente. Relembro que não considerei os tiros efetuados contra as janelas do santuário um desperdício, inclusive explico o porquê na análise passada. Mas no desta semana concordo com quem criticou. Inclusive, a quantidade de disparos realizados sem objetividade me fez lembrar o incômodo confronto da season finale passada, na qual praticamente ninguém morreu mesmo com a excessiva quantidade de tiros disparados. A preocupação que até meados da sexta temporada se tinha com a quantidade de munição disponível parece ter sido esquecida pelos roteiristas da série.
Em outro ambiente, mesmo sem a liderança da Maggie, o pessoal da colônia Hilltop desempenhou um papel importante no enredo de The Damned. O ataque comandado por Jesus, Tara e Morgan, a um dos postos avançados de Negan proporcionou boas cenas a trama, entre elas está o foco na tremedeira de um dos habitantes de Hilltop no momento da invasão, reforçando que ali, por trás daquelas armas, estão muitos homens e mulheres que antes nunca haviam feito um disparo sequer. Outro ponto interessante neste núcleo foi o aprofundamento na bagunça que se encontra a cabeça do Morgan. Essa humanização dos personagens é um dos pontos fortes de The Walking Dead. Isso é o que eles fazem de melhor desde a primeira temporada.Porém, nem tudo foi tão interessante na ação do grupo de Hilltop. A atitude do Jesus em deixar vivo aquele salvador que o atacou foi muito forçada. Tudo bem expor que ele ainda acredita na humanidade, mas a misericórdia dele ao grupo que se rendeu já era suficiente para mostrar isso. Deixar viva uma pessoa que o ataca não é misericórdia, é burrice.
Nesse episódio achei que a equipe do reino foi mal aproveitada. Passar 40 minutos atrás de um único inimigo só mostrou o quão pouco o episódio avançou na linha temporal da guerra. Mesmo assim tivemos como consolo a ótima cena do ataque da Shiva ao salvador fujão – aaahh, quando essa tigresa aparece eu fico muito eufórico rsrs. Menção honrosa também para a cara da Carol após os confusos discursos do rei Ezequiel. Espero profundamente que no próximo episódio o pessoal do reino tenha uma trama mais significativa.
Acredito que o ponto alto do episódio ficou mesmo para os protagonistas. Rick e Daryl invadiram, em busca de armas, o prédio protegido pelo grupo de salvadores atacado pela equipe de Alexandria. A cena da invasão teve uma direção e uma fotografia bem massa. Seguindo o mapa desenhado pelo Dwight, os dois se separaram. Daryl não encontrou ninguém no caminho, mesmo assim teve a bacana cena em que encontrou uma algema presa a uma tubulação, uma pura referência ao seu irmão Merle que cortou a própria mão após ser preso por Rick na primeira temporada.
Por outro lado, Rick mais uma vez viu que o mundo está o modificando de uma forma que ele nunca pensou. Abalado após perceber que o salvador que matou estava tentando proteger a filha recém-nascida e não o arsenal de armas, o policial entregou a cena mais emocionante do episódio. Olhando a bebê e a própria imagem no espelho, o nosso protagonista fez uma cara de quem se pergunta “o que eu me tornei?”. Foi forte!
No final ainda tivemos a aparição do Morales que estava sumido desde a primeira temporada. Mesmo não sendo lá uma coisa grandiosa, confesso que achei interessante esse retorno. Já que o trouxeram de volta espero que o desenvolvam bem . O que está me incomodando mesmo é o fato deles terem transformado a Michonne em uma dona de casa.Cadê a nossa rainha da katana? Cadê o Carl? Cadê as movimentações do Negan? Queremos ver esse povo em ação na guerra!
Obs: O capítulo desta semana foi o menos assistido da série desde o final da segunda temporada. “Apenas” 8.9 milhões de pessoas acompanharam ao vivo o episódio de domingo, um declínio considerável em relação ao mesmo episódio da temporada passada que obteve 12.3 milhões de espectadores. #AbreOolhoTWD
Muito bom! Parabéns.
ResponderExcluirValeu, Robson! Tmj.
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